Museu e Matriarcas do Samba participam de debate e show no Consulado da França no Rio
- jeanclaudiosantana
- Nov 19
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O Museu do Samba e o grupo Matriarcas do Samba estiveram presentes no Consulado da França no Rio de Janeiro, na última terça (18), para mais uma etapa da Temporada Cultural Brasil-França, que ao longo de 2025 tem promovido eventos de integração entre os dois países. Em maio, o museu carioca e as sambistas do Matriarcas estiveram na França, por meio de uma parceria com a Samba Résille, associação cultural sediada em Toulouse; desta vez, integrantes do Samba Résille estão visitando o Rio para segunda etapa da Temporada Cultural.
Realizado na BiblioMaison do Consulado da França, no Centro do Rio, o evento começou com um debate sobre o intercâmbio das culturas dos dois países e iniciativas voltadas à valorização das raízes do samba. Logo depois, entraram em cena os números musicais. Primeiro com a música experimental de Caju, músico e beatmaker francês. Em seguida o momento mais aguardado do encontro, o show do trio vocal formado por Selma Candeia, Vera de Jesus e Nilcemar Nogueira, que são, respectivamente, filha de Candeia e netas de Clementina de Jesus e Cartola.

O grupo empolgou os convidados com um repertório de clássicos do samba, entre eles “Alvorada”, “Marinheiro só”, “Testamento de partideiro” e “A voz do morro”. Encerrando a apresentação com um show de brasilidade, negritude e alto astral, as matriarcas colocaram todo o mundo pra sambar ao som de “Vou Festejar”, composta por Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias, e eternizada por Beth Carvalho no antológico álbum “De pé no chão”.
A atividade fez parte do “Projeto Nova Onda – Ancestrais do Futuro”, parceria entre o Museu do Samba e a associação cultural francesa Samba Résille, e, além da música, também exaltou a gastronomia dos dois países. Dividiram o menu a feijoada brasileira, à base de feijão preto combinado com carnes de porco e boi, e o cassoulet, elaborada com feijão branco, carne suína e de aves.
“Foi um prazer enorme ser convidada a realizar essa parceria com o Samba Résille, e lá encontrar pessoas que estavam buscando a legitimidade da nossa cultura, e que essa viagem, esse conhecimento do que é o samba fosse narrado por quem é o samba, por quem vive o samba”, declarou Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba e integrante do grupo Matriarcas do Samba.
A Temporada Cultural Brasil-França é uma realização bilateral conduzida pelo Comissariado Brasileiro, o Instituto Guimarães Rosa, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, pelo Ministério da Cultura do Brasil, pelo Ministério da Cultura da França e o Instituto Francês.



